segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A cor dela não é dela é dele, por ele, a cor.

(Achei essa foto aqui: http://questaodeprefixo.wordpress.com/ . :O Não resiste xD)




Ele não gosta de como ela é
nos seus olhos, só enxerga dor
Ele se preocupa pra onde ela vai
e nela, duvida, ele não sabe se é amor.

Ele não sente nela beleza
e fez dela bela, do jeito que ele sonhou
e quem ela é? Já não é mais ela
Se olhou no espelho e não se encontrou

Ele disse que a sua cor
era estranha, então.. Ele a pintou
Não colorido, não multicolor
Só uma cor.. Mas feliz ele ficou

E feliz ela sorri com ele
pra ser pra ele, do jeito que sonhou
Mas esse todo foi tão pouco
e no descuido o amor quebrou

E quando ele viu,
a cor que ele a pintou estava mudando
outra cor ficando
Então logo...
Logo ele a deixou...
A solução de fazer ela voltar a cor
a cor que ele escolheu.

A cor já não é mais ele
Agora a cor se fixou
Ela.. Voltei a ser ela..
E feia assim.. Ela tornou.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Depois de amanhã.




O futuro é frio, frio
tem pele aveludada
raios finos, fininhos de sol

Olhando daqui, ele é tremulo
parece uma BR longa em dias quentes
e ele vem lento, tão devagar
as vezes fecho os olhos fortes
só pra ver se ele ainda está lá.

Ah, o futuro,
tão promisso, obscuro...
Me cerca, me mata
as vezes ele me olha nos olhos
mas na maior parte, é tímido coitado

Bom futuro, velhinho, moribundo
sempre olhando o horizonte
no fim... Ele acaba me deixando escolher a melhor poltrona.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ilusão.




Doce é viver se iludindo
ilusão amarga de alegria
sonho com vida sem agonia
felicidade falsa, levar a vida sorrindo.

nos meus olhos não nascem lágrimas
minha boca já se abre sorrindo
meus dias são tão felizes quanto a vida
não temo dias rins ou más.

só temo não conseguir continuar me iludindo
seria bárbaro, viver sem ilusão
meu tão quebrado coração
não aguentaria viver sem alegria
não me abandone doce ilusão.

Coleção de 2008 :)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ninguém ver?




Tudo que olho
tudo além do que vejo
são só imagens
coisas banais
fúteis apegos.

Me canso dos demais cansaços
a vida é tão igual,
veja só, temos os mesmos traços.

Pouco importa o que venha a te acontecer
criança, acorde
a vida não foi feita apenas para você.

Eu não mereço ver isso todos os dias
e quem merece desmerecer alguém?
As pessoas são tão iguais
ninguém é sempre igual a ninguém.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Selo

O Zélio Marulo do blog Inoportuno me presenteou com esse selo, uma honra, realmente fiquei muito feliz, pois logo dele que é um escritor incrível com suas palavras carregadas de realidade.



Estou indicando ele aos blogs que leio sempre.

Ao Fernando Lago, para seu blog Fantasmas do Lago - Já me inspirou até a um poema *--*
A linda da Thamires Almeida Reticências... Etc e tal. Poeta incrível.
Ao Ciço .Poeta com seu sempre quê de inteligência Ciço .Poeta
E ao fofo do Felipe Correia CertamenTearrado Textos ótimos, sempre trazem reflexão.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tundum... tundum... ... tun dum...


As vezes sinto que meu coração é um rocha
e palpita lento demais
as vezes penso que sou perigosa
e sinto que não sou capaz.

Meu coração talvez tenha razão
está triste coitado
o cérebro que deveria ser seu amigo
é um confuso despercebido.

- Meu coração palpita lento e incapaz.

Sinto a amargura de o dar razão
quem merece tal companhia?
É um fardo me ter nas mãos.

Perco tudo que me vem de bom
só não perco essa escuridão
esse medo, esse sentimento
uma dor que tenta cobrir meu coração.

Meu coração grita rouco, grita tímido.
Ele sabe que não pode me suportar.
Ele me teme, ele teme o fardo
de não poder me abandonar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ladainha para fantasmas.




Todos os gritos que vejo, que escuto
não são de socorro, são só pra fazer barulho
O que eles querem afinal?
Companhia dos fantasmas?

Todos os meus fantasmas foram embora
nem ligo se já não estão aqui
até prefiro assim
agora sou só eu
e a vaga sombra de minha mente.

Com um véu azul escuro
minha mente, mente!
e me trás risadas vagas, geladas,
é uma madrugada permanente.

A ladainha dos poetas esquecidos
somos crianças, bobas,
de sonhos famintos.
São olhos grandes na noite escura
que choram, em busca da felicidade
Em busca da cura dessa loucura.

E no final. É só uma doença
carência? Não, chamam isso de poesia.

"Pior fora ainda o perigo de se fazer poeta, que, segundo dizem, é enfermidade incurável e pegadiça" Dom Quixote, (Miguel Cervantes)

http://fantasmasdolago.blogspot.com/ Belos fantasmas por aqui.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Amores.



Amar é um paradoxo que não se esgota.
Quem se acha esgotado?
Os olhos da coruja latejando
a mim, transbordam amor
de insônia calada, noite escura.

Vejo ao longe uma vertente
Um poeta que escorre por os cantos
em busca de um par de olhos
um recanto
ele se finda, sem rima,
cantando.

Quem luta assim por histórias
por um dia com a Glória ou a Vitória..
E as derrotas? Ninguém canta por elas?
Elas assim como as Vitórias,
passam, despercebias,
por isso cante para a Graça, ou a Clara
elas, talvez, simultaneamente, passem
um certo calor de paz, sem a Vitória
de ter que derrotar alguém.

domingo, 24 de outubro de 2010

Forças?



Estou cansada
todos os meus dias
essa longa e triste jornada
Não consigo mais fechar os olhos e simplesmente sair
O que tem aqui dentro é bem mais forte que eu
É bem mais escuro do que está fora de mim.

Talvez seja só uma monotonia um tédio..
Talvez, mas eu não sinto isso, sinto que é bem mais forte
E a força que me segurava
a força que eu tinha, padeceu..
E agora ela esta mais fraca,
bem mais fraca que eu..

Talvez tudo tenha sido culpa minha
Não sei, deixei minha escuridão o consumir
mais o que posso fazer?
Ele que se deixou partir... :/

A força que me resta
é a melancolia que me consome
desculpe, mas não me culpe
São muitos dias, muitos
e me conheces tão bem,
e me conhecer tão mal
Preferisses padecer, ao deter
a escrupulenta chama que agora
acaba de consumir eu e você.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Medos.




Estátuas não me deprimem tanto quanto espelhos, paradoxos, apegos.
As pessoas me assustam, não é de fantasmas que tenho medo.
Tenho medo das pessoas, dos meus desejos.
Medo do que é, não do que será,
Medo de hoje, - o ontem eu consigo superar!
Medo da demora, dos sonhos
Medo de histórias, das lutas das derrotas
Medo de quem ler, quem escreve, quem ver.

Não tenho medo de quem ouve, quem aceita,
quem mal diz..
Tenho medo de quem grita, quem sacoleja
quem pede bis.

Tenho vontade de querer
mas tenho medo de sofrer.
Tenho vontade de amar
mas tenho medo de chorar.

Eu só peço a Deus
pra em meu peito conservar
essa ultima faísca que me resta,
que em meu peito pensa em se apagar
um fio de luz,
de ironia, um fio de sonho
que minha vida, pode ainda salvar.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A meu sobrinho.



Ele chega de cabeça baixa
olhando os pés
faz que disfarça
um velho carrinho na mão
Um rápido sorriso,
não, ele não é tímido
Levanta a cabeça e agora sim
se desmancha em largos sorrisos..

Ah, quatro anos de muitas experiências
perguntas tão bobas e as vezes escrupulentas
sorrir meigo, chora bravo
mais que raiva, passa assim que olha pro lado
uma borboleta, um bicho?
- Tia, o que é aquilo?

E eu, velha, me debruço sobre a nostalgia da infância.
Como é bom, poder olhar, no fundo dos olhos de uma criança.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Papel rabiscado.


Atiro pela janela tudo que for fácil
defenestro até meus atos infantilizados.

E num suspiro, tímido, tímido,
tocado.
Sorri, olha e descobre,
nada está como planejado.

Quem pode querer planejar algo?
Nada é como pensamos
talvez até erramos
quando sonhamos acordado.

Me maldigam
se estiver errado
o sonho dos poetas
nada mais é, que o dia-a-dia
apenas com belas palavras cantado.

Não quero acusar os meus amigos poetas
tão pouco desdenhar poemas,
tantos poemas belos...
Apenas me canso, de tanto canto
e nada, nada de completo
nada de real
apenas sonho, sonhos...

O que faço eu?
com todos esses escritos?
dias, sonhos, histórias
palavras...

apenas. Apenas velhos rabiscos..
Nem muito nem pouco..
vivido ou sonhado, só papel
papel rabiscado.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dor da idade.




Um sorriso dolorido
dor da idade,
é o que eu sinto.

Olhos empoeirados
não vejo meu reflexo
sinto apenas meus fortes traços.

Minha pele já caída,
minhas lembranças esquecidas.

Não guardei retratos,
não escrevi livros,
não pintei quadros,
não tive filhos.

Não me lembro de já ter chorado
o que eu lembro é do meu cansaço
talvez uma dose de auto-piedade
dos meus longos anos de vida.
sou só uma velhinha
uma ranzinza senhora de idade.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dor nos ombros.


Tudo vai passando... Vai passando.
A menina morena e seus cabelos escorridos
sai curta, curto vestido.
o velho senhor e seu saco no ombro
pesa, pesa, ele vai carregando...

Quem passa... Vai passando.
Poucos choram
muitos vão levando.
Pesa, pesa
O mundo todo nos ombros
e quem disse... Quem faz
Todo mundo tem medo
e o mundo pesa fugaz.

A única certeza que se carrega
sem pesar
é que tudo passa
e o que não passou, vai passar...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Eh.




Não vou falar sobre mim
vala-me Deus
sabe eu tudo que fiz!

Coisas coisoteras
escrevo sem ao menos velas.
Prefiro assim
Um aqui,

Outro ali.
Isso..
É por ai..

Vou falando Sem tido.
Deus guarde as com tido
Essas me arrepiam
até onde eu tenha vi vindo.
As sem tido, são bem piores. :S

Com corda?
- Eu prefiro Sem.

[/primeiro rebento com foto *-*

Decisão Decisiva.

Bom, desde que o Excessoalização era Dona Maria da puisia, era não, ainda é, até porque esse ainda é o endereço do blog e Excessoalização é, basicamente, um apelido carinhoso, xD Enfim.. O que eu quero decidir aqui é que eu nunca coloquei fotos nesse blog e talvez seja hora de mudar, até porque, já esta ficando meio retrô e foto acima dos textos esta muito em alta ;O. rsrsr. O fato é, eu sempre olhei por o lado de: "ah, poesia é poesia, fica a mercê de quem esta lendo imaginar a paisagem, até por esse ser o bom da poesia". :S Hoje senti náuseas ao lembrar desse meu pensamento, senti vontade de mudar, mudar faz parte de tudo e de todos, quem não adora uma boa mudança não é mesmo? xD Então ai está, decisão tomada! Bom ainda com o pensamento meio retrô acredito que esse texto "ainda" não seja digno de uma mudança, entãaao aguardem para o próximo, esse sim virá com uma boa imagem!

Aguardeeeem, Beeeeijo do gordo!
uuuuooou!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Um quarto.

Já chorei..
Já sorri..
Já fiz quase tudo
quase tudo que eu sempre quis.

Só quase,
por que eu sempre
quase quis.

Nada de ir completo
Não, não
o quase me define
me deixa quase
pra quase ter feito
o quase tudo
que eu sempre quis.

Reflexo,

Hoje fui surrada. Não as palmadas sob violência física e sim sob um olhar que me mastigou como se eu fosse fagulhas, estraçalhando-me com os dentes de tubarão, pude sentir-lhe toda a ironia, não havia ódio, não, ele não me odiava, mas aquele olhar, sabe, ele me engoliu e como se já não ouve-se menosprezado-me tão arrogantemente ele não quis digeri, ele negou-se a me libertar e mesmo eu ali, dentro dele, ele me olhava, me fazia sentir a humilhação, o desprezo, embora ele me amasse. Foi quando retirei meus olhos e parei de encara-lo, mas ele também parou, também olhou pra baixo e eu já sentia náuseas. - O problema de olha-lo é que ele me olha de volta. Como posso eu querer negar o espelho? Ele me reflete, mas ao mesmo tempo me encara de forma tão submissa, parece não ter medo de nada e estraçalha com seu olhar fulminate serpeando fogo por entre meus sonhos languidos.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Verde.

Eu que canto sempre muda
Mudo os olhos, por ventura
Vejo os cegos com candura
Mudarem as cores, que nunca mudam.

Escuto o som da liberdade
Som libido, agudo por maldade.
Beijo o sol esqueço a brandura
Me perco sem passos, paro tudo, tudo muda.

E quem por humildade
Planta no peito uma arvore
Sempre muda com a muda
Da bondade.

Mudar o mundo sem solidariedade
Muitos tentam a liberdade
Mas poucos conseguem plantar
A muda da mudança
A simples e grandiosa muda da igualdade.

Morte

Lágrimas de sangue
Sobre meu rosto morto
Cheiro de perfume
O cheiro de meu anjo cocho

Meu puro e limpo defunto
Meu pássaro escondido no escuro
Vem à mim, doce criança
Vem à mim querido defunto
Venha minha morte
Senhora boa, minha mortalhinha
Venha moça de sorte
Pegue minha vidinha

Trago o fogo no meu peito
Cuspo brasas sobre minhas cinzas
Vivo a vida sem muita alegria
Mas queimo o mundo com minha agonia

Morte, doce morte da saudade
Me leve embora esse sorriso
Tire de mim esse rosto
Não quero mais amar esse belo e vazio corpo.

- 2008
Coleção, primeiros poemas :)

Poesia.

Sou a poeta insana,
a criatura romântica,
a critica sem esperança,
uma boba criança.

Sou da vida,
pois gosto da alegria,
vivo a intensidade
de como levar meus dias.!

Meu corpo é feito de rimas
com literatura e poesias,
eu sou o que quero,
o sol do meio-dia,
a noite fria,
a fantasia da nossa alegria
o simples fato de escrever poesia...

- 2008
coleção, primeiros textos. ahaha

Quem és tu, homem amarelado?

Quem és tu, homem amarelado.
Porque nos tens como escravos
Das tuas crenças e dos teus pecados.

Tu não és nada, desconhecemos tuas riquezas,
Tu não podes mais devolver nossa pureza
Nos sujastes com tuas doenças imundas,
Quem és tu, homem amarelado.

Nos desses tuas crenças,
Cantamos tuas musicas em latim
Sem nem saber se aquilo era bom ou ruim
Quem és tu, homem amarelado.

O que pra tu era nobre,
Para nos eram maus costumes
O teu saber hipócrita
Que descarta nossas idéias
Nada de nobreza, não passava de pobreza,
Quem és tu, homem amarelado.

Fomos tão ingênuos
Recusando-te e depois te aceitando,
Nos desses as tuas roupas sujas,
Nos vestisse com guerra
Quem és tu, homem amarelado?

- 2008
ahahaha, primeiros textos. xD

terça-feira, 22 de junho de 2010

Discussão da saudade.

Edson kazuto:
Da solidão
restam cinzas do passado

Da vida
frutificam sementes
que jogadas em solo fértil
germinam e viram luz

Samara Lemos:
A luz de resto
à saudade
não gera filho
a má vontade
só resta dor
uma vulnerável
liberdade.

Sentimentos amargurados de lembranças felizes do passado.
Saudade, saudade, saudade
me deixe, não me case
me canse e seja afável, um estomago esgotado
me rasgo, mato o passado.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Preferi.

Não quis ir
muito menos ficar
quis sorrir
mas preferi chorar.

Não vou dormir
vou de novo, outra vez...
acordar!
vou ir, rir,
ser feliz...

Vou por ti
cantar, pra te amar
querer chorar
mas escolher sorrir.
Só pra ti
pensando em ser feliz
e escolher amar
e outra vez, novamente...
Acordar!

sábado, 19 de junho de 2010

Amiga e inimiga, vida!

Vida, viva, vida
quem sabes de ti falar?
Amores, ódios?
é o só o que sabem os poetas citar?

E quem ama e odeia a vida assim tão emotivamente?
Ah, e quando ela tímida,
de manhã me acorda novamente!
Viva, curta, fugas, cheia de candura.

Ô vida, ninguém te ama
ninguém te cuida
e quem cuida, faz assim por egoísmo
faz assim por pura loucura
de querer viver,
mesmo sem nenhum tipo de prazer.

E aqueles que te esquecem de viver?
Pensam logo em morrer...
Malditos poetas, declarações de suicídios
sem nenhum motivo
fazem a você.

Ah, vida, vida, vida
inimiga e amiga
me ame assim
por querer e não querer
está sempre junta
sempre abraçada a você.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O novo sol.. (Parte III)

Meu rosto sorrindo do lado de fora do meu rebento, paredes de flores, teto de nuvens, porta de algodão, o piso, acabei de terminar, pintado a giz colorido, é tão belo de se olhar, recortei as janelas em forma de sol, só pra lembrar de lá de casa, ops, da casa do sol... Ah o sol me faz até sentir que meu abrigo não é tão quente quanto o que cresci. Nostalgia, essa saudade me perfura o peito como se fosse agulhas pinicando meu coração, chega a forçar-me a uma lágrima que escorre tão gélida e lenta do meu olho que quase beija o chão ao cair... Oh! o chão, uma faísca. - céus, do meu olho caiu um grão? Posso ver o tenebroso piso devorar minha lágrima que tão rápido cresce em forma de calor. Vi então outra vez meu rosto, uma face tão espantada e uma taquicardia de amor, é então minha real casa? É aqui que já nasce meu calor? Tão cedo, tão rápido. Sorri tanto que quase sufoquei de felicidade! Era ali o meu primeiro calor, só meu, feito do meu amor...
Mais tarde, já em casa, uma nebrina escura entrou por a porta da frente e beijou meus pés como quem deseja boas vindas aos réis que passaram anos longe de seu palácio. Porta de algodão, feixe, feixe, quero sonhar com meu mundo, amanhã um novo futuro, vou vasculhar o paraíso portador de terra tão fértil. Vou em busca de novas descoberta, pois já tenho calor, e agora, estou tão forte como aquele que tão amorosamente me criou.

(Continua...)
Nada é melhor. A gente aprende. Tudo é pior quando a gente tem mais de oitenta anos. As músicas -- " Não me lembro de ti sem ter saudades" --, distantes, longínquas, só trazem solidão. Como se todas as formigas do mundo tivessem mordido a gente de uma vez só.
(Vivina de Assis Viana).


Trecho de um conto que me apaixonou.
A ciência não é a busca insensível de informações objetivas. É uma atividade humana criativa, e seus gênios agem mais como artistas que como processadores de informação. As mudanças teóricas não são simplesmente o resultado pouco original de novas descobertas; antes, são obra da imaginação criativa, sob a influência de forças sociais e políticas da mesma época.

Uma observação de Christopher Tyler.

Cai bem a nós, escritores. rsrs.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O novo sol.. (Parte II)

Voei tanto pra chegar até aqui... Quanto escuro, me falta luz, me falta o sol... Quanto calor exatamente eu perdi partindo tão egoistamente de braços tão aconchegantes? Minha nossa, minha (in)felicidade, como pude eu ser tão má a ponto de abandonar o seio que me alimentou? Onde estão meus degraus? Minha força? Minha ajuda... Ajuda. Nesse planeta tão frio e vago, não ah calor, não a o sol... O sol, a poera que me aflige me rasga a garganta petrificando meu corpo internamente. Onde está as enormes estrelas dos meu sonhos? Posso desistir? Voltar atrás? Posso chorar e lamentar-me por ser uma insana egocêntrica sonhadora medrosa? Não, tantas palavras não cabem assim em uma frase tão lamentável, eu sabia que não seria fácil, minhas esperanças abaladas temem sim o futuro solitário! Mas quem não temeria? Vindo de uma casa tão bela... Ora, oque eu aprendi? O que eu sonhei? Será que todos aqueles livros de aventura mentiram? Serei eu outrora Dom Quixote? Não, não! Lastimável, vou nesse reino me instalar, plantarei calor, vou fazer um sol, uma estrela um cantinho aquecido no meio do languido e terrível escuro.


(Continua...)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O novo sol.. (Parte I)

Imagino que o sol tenha surtado e derramou lágrimas demais quando me debrucei fixa, pronta para voar e partir para uma estrela maior. Apesar de minha insegurança, eu nunca tive medo e estrelas maiores sempre foram minhas metas, confesso que também chorei e derramei algumas lágrimas quando vi o sol em larvas me pedindo pra ficar, mas como eu poderia ficar? A imensidão dos meus sonhos já não cabiam em mim e queriam se libertar... Eu precisei partir, abandonei o sol que me criou tão calorosamente, vou agora em outra estrela "plantar" um enorme calor e me esticar cada vez mais e mais até encontrar a maior, maior que o sol, a maior estrela do mundo, do meu mundo.


(Continua...)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Defina-se!

Quem se auto-define com clareza? Quem pode então assim julgasse sem se flagelar ou mesmo errar, menosprezando-se erroneamente? desprezo alegorias de autoajuda, insuficiência metal retardatária... Quem não usa a burrice não sabe então qual o poder da inteligência, e quem se diz, assim inteligente, não pode se quer definir a diferença entre seu celebro e uma pedra a sua frente!
Os lúcidos são todos loucos perante a sociedade inteligente que se auto-define!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Fragilidade o teu nome é Mulher.

O que levaria uma mulher
Oh, perdão! Não apenas uma mulher
profunda e observadora mulher
Inconstante, inconcebível, escorpiana!
E o que à descompassa em um compasso de dança?

Apenas o amor,
culpa do amor que a dilacera
que lhe toma a humilde esperança de ter o próprio corpo,
De ter-se como dela.

Com a dosagem certa de amor,
Tornou-se então amante e não amada;
Ficou dominada e não dominante.

E agora, em seu rosto de expressão marcante
é mais que feliz o sorriso feminino que se abre sem vazio
O olhar distante tornou-se então próximo e aconchegante.
As garras afiadas agora mãos delicadas,
e ela que era arrepiante tornou-se assim frágil.

E como diria Shakespeare, Fragilidade o teu nome é Mulher.

Samara Lemos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A ultima dança.

Quando o vento sopra uma cantiga
uma mentira, um verso escasso
quem primeiro salpica, esculta, grita!
é ela, tão purpura, do vento, à namorada

Quando em ladainha, o vento lhe sopra
uma musica desvairada, ela se ressalta
se contorce, dança com o vento entrelaçada
Seu longo pescoço, postura de cisne
seu corpo esbelto, não é mais
não é mais uma menina
Mulher, do vento, purpurina.

E o vento, sem ar, respira alfado
perde a força com a mulher em seus braços
E eles se perdem, em paços com descompasso

Pernas longas, mãos delicadas
rosto, retrato forte, olhar ensolarado
É com ela que o vento morre nos próprios
com os próprios versos escassos.

Samara Lemos

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A menina encantada e o poeta ladrão.

Um beijo roubado não é definido como pecado
Mas, a doce menina que foi violentada
Oh, poeta, poeta, o que fizestes com teu pudor?
Logo tu, bravo trovador,
rasgas assim um par de lábios tão meigo..

Duas pétalas ressecadas
um beijo no canto roubado
um par de grandes olhos encharcados
e as bochechas avermelhadas
Tão aveludado são seus cachos cobrindo seus seios
e o poeta desbravo, cortou-se em pecado
quando dessa tão pura donzela roubo um beijo.

E quando ambos os peitos se abrem em paixão
o que resta é o desejo, à devação.
E quem impidirá tal amor? Eu, escritora de atos insanos?
Não, não insanos, doces, puros e românticos.

Quem retrata assim, em foto de poesia
um segundo beijo, esse não mais, esse não tem agonia
E como é nobre o poeta que segura suas mãos
lhe beija, lhe jura uma eterna paixão.

Que menina tão pura, que sorrir sem ventura
abraça tão suavemente tal rapaz, remetente
de um amor de ternura
a menina encantada com o poeta ladrão
um beijo, o beijo será o roubo que os levará
a uma eterna prisão.

Samara Lemos

domingo, 25 de abril de 2010

Defina o explícito.

guie-se, guie-se
cuidado, não se perca, não beba, não fume
cuidado, prevaleça, erga-se, aconteça!

Direcione-se, direcione-se
cuidado não desvie-se, não morra, não desaponte!
Vamos, seja bom, certo e magro!

Ah, a devação,
rasgue-se, rasgue-se!

Crie-se, viva, não desvie-se.

Do tudo que provastes, o que não gostasse?
- E o que não bebesse, como podes não dizer?

Ah!

Opine-se, velha radiola radioativada!
Prepare-se, prove e guarde,
não vicie-se, ame, domine!

Vai, grande, grande Sábio!

- Não importa quem foi ou quem veio,
o que vai nem o que se foi
você não pode criticar o que não fez
nem definir o que está explícito!

Velho cão de guarda das coisas guardadas.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Me leias.

Mesmo que não me leias,
silenciosamente eu te sussurro,
poemas, poemas, poemas viúvos.

E quando baixinho eu te leio
pulo de alegria, faço barulho em harmonia,
silencio de poesia.

Só peço que não esqueças
que o poema me trás tanta, tanta alegria
é precioso absorver quase sempre, algo que em mim,
Só faz crescer.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O que é vida ?

respondo apenas com o suspiro
com o ar que me atravessa os pulmões..

... e também, talvez tenha razão, algo que badala dentro do meu seio
sinto o leve pulsar do meu coração.

Na minha vida, sinistra e lânguida vida
um grande amor, primeiro, mas que já me roubou algo que em meu seio se digere palpitando com muito mais calor.

É a realidade, de um verdadeiro amor.

Grande poeta ou falso profeta ?

Eu, poeta do absurdo
absurdamente poetizo
sobre os poetas patetas que se julgam profetas
falando sempre do futuro.

E veja só, quem diria,
disse o poeta que o fim do mundo viria,
ô Deus, quão temor, o poeta falou?
E Deus, Deus sebe fazer poesia?

- ó, não, não, mas é um bom leitor.

Disse ele em nome dos céu
"Deus me contratou como seu escritor"

- Mas, Deus não sabe escrever?
Quanto luxo o Deus dos pobres pode ter?

Rápido confessionário.

Eu confesso que já não me basta uma vida
que essa estar-me limitada,
minha integridade física já não cabe mais nessa bola, chamada: vida.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dose dupla.

To de saco cheio,
e que morra a esperança
já não me satisfaz esse sorriso forçado que me doí as bochechas;
- Me tirem de vista tudo o que tiver cor
- Me queimem os olhos, por favor?

Quero agora apenas o preto
um vazio sem barulho
- Uma dose dupla de veneno, faz favor?

Que mal sem graça, sofrer por nada,
- Me deixem sozinha, pelo amor de Deus!
Oh Deus, o amor, o que sei ou Deus sabe sobre ele?
Quem, quem foi mesmo que o criou?
Belo amor, à o que ele me levou?
Um rápido suicídio, jájá
Antes, quero ler meu texto
ver se esta explicito meu desejo,
de morrer de tédio, sem paz nem cor.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Sincronia.

Sincronia de sorrisos
um beijo, uma paixão
sincronia de sentidos
um abraço uma sensação
Sinceridade no que digo:
Mais vale um amigo à uma curta paixão.

terça-feira, 9 de março de 2010

Os seu ouvidos, por favor!

Talvez fôssemos todos olhos e ouvidos
disseram que se ver o que se quer,
mas como ver o desconhecido?
e se estas a cantar, pare agora, me de seus ouvidos!

vou cantar-te meus poemas
posso gritar? o que achas? tem problema?
Meu deus, e lá vou eu cantar amor
deixe-me só, pelo menos só agora, mas deixe os seu ouvidos, por favor!
quero cochichar-lhe tudo que tenho visto.
as imensas canduras do desconhecido!
- Ora essa, quem falou? Se conheces o desconhecido, então conhecido ele se tornou!

Veja só, logo agora, então vou cantar-lhe algo sem glória
uma pequena historia, que um viajante me contou.
antes disso, meu querido, - Os seus ouvidos, por favor!

Era uma vez uma menina, que sorria, chorava, sorria
e por fim, se matou!

- Faça agora desavença, com uma historia sem crença,
pense seu próprio roteiro, e imagine o que ela tem feito
pra morrer sem amor, se matar com dor,
- Mas ora, essa parte ele não contou!
- Aí é que está, o que não se escuta se imagina de algo que já tenha visto, ou que você já tinha.

E por fim, por suas desavenças, não lhe dou mais minha presença
e escute bem agora, não lhe conto mais historia,
e seus ouvidos, aqui lhe dou!

Um abraço a quem me leu, e esse reles plebeu, que se faz de falador, nada sabe, é só uma comadre de pensamentos que minha mente mal criou.

Tanto tempo já faz. Um sorriso me deixou.

Te rabisco paradoxos, em tarde enoitecida
te lembro tristemente, velhas lembranças, quem diria?
Sinto tantas saudades, meu deus, tão feliz ele sorria
e tudo se acaba, se acabando o tempo
e tudo desmaia, vagarosamente morrendo.

E quem desafia assim a morte?
Ela se esconde? Se exibe? - Cuidado não se corte!
E quem cria assim a saudade?
Ela nasce? Ela surge? - Será que ela morde?

Meus Deus, tudo está tão vazio
Será que outra vez vou ter que nascer?
Será que um dia vou poder também morrer?
Oh, quão bem ele me fazia,
com rimas e poesias
com historias e cantigas,
brincadeiras e bobas mentiras.
Oh deus, quem cria assim a saudade?
Só o que me resta, são minhas simples cantorias,
os sons frios da gaita que ele tinha
resta também, minhas humildes poesias.

Meu Avô, quem diria.
indago eu, oh deus, - quem cria assim a saudade?

segunda-feira, 8 de março de 2010

Cada Um.

É cada coisa,
coisada sempre
que cada dia, a gente sente
a coisa, coisada de sempre.

Os loucos lunáticos
que pensam ser salvos,
por livros de próprio remetente.

Ora deus, dei-me saco
pra ler Dom Quixote novamente!

O falador!

- Não quero pensar!
Muito menos escrever!
E sobre o que eu escreveria?
Amor, política, morte ou vida?

Ora, isso é poesia?
O fardo de ser poeta lhe é suficiente?
- Façam mil favores!
Poeta não pensa nem escreve!
Poeta não é critico nem escritor!
Poeta é só luz d'um pensamento que ele nem ao menos plantou!

- Nem se sabe como reproduz!

Poeta é só um portador
dos pensamentos sem sintonia
que brotam noite e dia
como vida, na mente de um simples falador.
Poema em parceria com um tão nobre poeta. Edson Kazuto!

Edson:
muito muito eu já perdi
já me sofri
já me tolhi
e agora é pessoal
o meu ódio é mortal

Samara:
Maldita morte que mal mata
se eis de levar todos os meus amigos
porque não levas também, um só, um só inimigo?
Eis eu tua filha, eis eu minha inimiga.

Edson:
pois sabemos muito bem
que da morte não se é refém
muito muito pelo contrário
pois a morte não é relicário

Samara:
E se ela ta tão perto,
o quão longe eu posso ficar?
o que me resta, vida ou morte?
Quem devo abraçar?

Edson:
Não mais sei pra onde vou
A minha alma eu lhe dou
se é pra viver só do passado, eu prefiro ficar calado
pois a vida é muito mais que isto!

Samara:
: É amor.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Apenas leia.

Não preciso de cantores para ouvir musicas
não preciso do sol pra sentir o calor
não preciso do vento pra sentir a brisa
não preciso de sentimento para sentir amor

Preciso do que recito, do que sinto e o que pressinto
preciso do poema, de um momento e um sustento
Preciso das palavras, que em mim entrelaçadas,
se unem em um belo, um simples e esbelto: Poema.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Versos escassos.

Versos escassos.

Veja só, minhas doces letras
tão cintilantes ao sol
tão brilhantes refletem minha imagem
veja só, que horas são agora?

E se eu escrevo sem preceitos
não à malícia nas palavras
a apenas um inútil desejo
o de esquecer-me do mundo vulnerável que a lá fora
veja só, que horas são agora?

Meus tão humildes versos
não fazem sentido se lidos ao dia
talvez cada letra aqui dita de cada palavra
eu siga uma ridícula prisão poética patética de versos silábicos
usualmente usados para gerar renda.
Veja só, que horas são agora?

Que sejam simples meus versos escassos
que sejam ridicularizados meus filhos rapidamente paridos
em papeis já rabiscados
minha liberdade se faz agora
é tão aconchegante essa palavra.
Veja só, que horas são agora?

Respostas de um porque.

Porque?

Se poemas me levam aos céus
porque ventos me negam pensamentos?
se vertentes me rasgam o véu
porque me sinto só em certos momentos?

Se os porques houvessem respostas
porque perguntaria novamente?
se todos os dias o sol bate as portas
porque viveria eternamente?

Se meu tudo se faz de nada
porque lhe digo obrigado?
se um amor amado se despedaça
porque limparia minhas lágrimas?

Se os porques houvessem respostas
meus poemas não seriam nem propostas
de singulares pensamentos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Irei.

Irei.

Eu fui, voltei, voltei e fui
enfim, parti, quando cheguei, olhei
olhei pra trás e vi, chorei,
voltei.

Quis ir, quando parti
me perdi, quando voltei
chorei, olhei, voltei.

Não fui, fiquei
fiquei, cantei, amei
tentei ir, andei
cheguei, me sentei
lembrei, chorei
voltei.

Mas eu quero ir,
não fui nem vim
eu desisti, voltei
chorei
morri aqui.

Pensei, criei. 27/02/2010 12:40

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Eu dedico a você.

Eu dedico a você.

Sou a imensidão da clareza de um sorriso sóbrio
que sorri embriagado com sua beleza purpura
Sou o vasto rio que transborda seco
que escorre movido por seu sorrir verdadeiro

E de tanto ser, nada sou
de tanto cantar, nem voz tenho
se longe estiveres, só me resta a dor
de um sonho de sorrisos,
o seu verdadeiro, meu verdadeiro amor.

E você aqui perto, tudo se torna real
e no real do sorrir, quero está sempre perto
Sempre junto à ti!

E juntos assim, em uma historia viva
em aguas coloridas, com todas
todas as cores escolhidas por nós
não preciso ter medo
juntos, tudo se torna, tudo é um novo começo.

E é pensando em você
que minhas letras ganham sentido
meu amor, amo te escrever
e dedico a você
todos os meus versos,
pouco esquecido, eu os revivo,
só pra te dizer:
Meu amor, eu amo você.

Samara Lemos.