sexta-feira, 18 de junho de 2010

O novo sol.. (Parte III)

Meu rosto sorrindo do lado de fora do meu rebento, paredes de flores, teto de nuvens, porta de algodão, o piso, acabei de terminar, pintado a giz colorido, é tão belo de se olhar, recortei as janelas em forma de sol, só pra lembrar de lá de casa, ops, da casa do sol... Ah o sol me faz até sentir que meu abrigo não é tão quente quanto o que cresci. Nostalgia, essa saudade me perfura o peito como se fosse agulhas pinicando meu coração, chega a forçar-me a uma lágrima que escorre tão gélida e lenta do meu olho que quase beija o chão ao cair... Oh! o chão, uma faísca. - céus, do meu olho caiu um grão? Posso ver o tenebroso piso devorar minha lágrima que tão rápido cresce em forma de calor. Vi então outra vez meu rosto, uma face tão espantada e uma taquicardia de amor, é então minha real casa? É aqui que já nasce meu calor? Tão cedo, tão rápido. Sorri tanto que quase sufoquei de felicidade! Era ali o meu primeiro calor, só meu, feito do meu amor...
Mais tarde, já em casa, uma nebrina escura entrou por a porta da frente e beijou meus pés como quem deseja boas vindas aos réis que passaram anos longe de seu palácio. Porta de algodão, feixe, feixe, quero sonhar com meu mundo, amanhã um novo futuro, vou vasculhar o paraíso portador de terra tão fértil. Vou em busca de novas descoberta, pois já tenho calor, e agora, estou tão forte como aquele que tão amorosamente me criou.

(Continua...)

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