terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tundum... tundum... ... tun dum...


As vezes sinto que meu coração é um rocha
e palpita lento demais
as vezes penso que sou perigosa
e sinto que não sou capaz.

Meu coração talvez tenha razão
está triste coitado
o cérebro que deveria ser seu amigo
é um confuso despercebido.

- Meu coração palpita lento e incapaz.

Sinto a amargura de o dar razão
quem merece tal companhia?
É um fardo me ter nas mãos.

Perco tudo que me vem de bom
só não perco essa escuridão
esse medo, esse sentimento
uma dor que tenta cobrir meu coração.

Meu coração grita rouco, grita tímido.
Ele sabe que não pode me suportar.
Ele me teme, ele teme o fardo
de não poder me abandonar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ladainha para fantasmas.




Todos os gritos que vejo, que escuto
não são de socorro, são só pra fazer barulho
O que eles querem afinal?
Companhia dos fantasmas?

Todos os meus fantasmas foram embora
nem ligo se já não estão aqui
até prefiro assim
agora sou só eu
e a vaga sombra de minha mente.

Com um véu azul escuro
minha mente, mente!
e me trás risadas vagas, geladas,
é uma madrugada permanente.

A ladainha dos poetas esquecidos
somos crianças, bobas,
de sonhos famintos.
São olhos grandes na noite escura
que choram, em busca da felicidade
Em busca da cura dessa loucura.

E no final. É só uma doença
carência? Não, chamam isso de poesia.

"Pior fora ainda o perigo de se fazer poeta, que, segundo dizem, é enfermidade incurável e pegadiça" Dom Quixote, (Miguel Cervantes)

http://fantasmasdolago.blogspot.com/ Belos fantasmas por aqui.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Amores.



Amar é um paradoxo que não se esgota.
Quem se acha esgotado?
Os olhos da coruja latejando
a mim, transbordam amor
de insônia calada, noite escura.

Vejo ao longe uma vertente
Um poeta que escorre por os cantos
em busca de um par de olhos
um recanto
ele se finda, sem rima,
cantando.

Quem luta assim por histórias
por um dia com a Glória ou a Vitória..
E as derrotas? Ninguém canta por elas?
Elas assim como as Vitórias,
passam, despercebias,
por isso cante para a Graça, ou a Clara
elas, talvez, simultaneamente, passem
um certo calor de paz, sem a Vitória
de ter que derrotar alguém.