sexta-feira, 13 de abril de 2012

Todos estamos.


Vejo o fogo nos olhos do menino que passa,
as pernas magras na saia rodada da menina que brinca,
O céu está tão próximo.

A luz que cai sobre os ombros da morena que soa,
Ressoa, seus cabelos reluzem e seus medos somem.
A vida que faz paz no coração da moça,
Os dias que passam tão brincalhões,
A vida é irônica e o divertido é rir de tudo.

O senhor sereno em sua paz caótica,
a espera da morte, que sorte, sou velho!
Eu em meus dias de calma,
nada me falta, sem falta sou bem, bem mais velha
e meus 18 anos de nenhuma produtividade
me espelham e me engrandecem mais
bem mais que a vida da maioria desses caras que estão no poder.

Que graça! E o bom da vida é poder rir,
ver a morte e rir,
ter medo e rir,
perder a fé e rir,
perder o equilíbrio, eu já perdi!
Estou começando a achar que aprendi a andar de forma errada,
meus passos são diferentes dos passos do moço que passa,
da moça que chora, da menina que brinca.
Os senhores que abraçam a esperança da morte próxima.

Estou morta, todos estamos.



Não é para entender, loucura não se entende.