O que levaria uma mulher
Oh, perdão! Não apenas uma mulher
profunda e observadora mulher
Inconstante, inconcebível, escorpiana!
E o que à descompassa em um compasso de dança?
Apenas o amor,
culpa do amor que a dilacera
que lhe toma a humilde esperança de ter o próprio corpo,
De ter-se como dela.
Com a dosagem certa de amor,
Tornou-se então amante e não amada;
Ficou dominada e não dominante.
E agora, em seu rosto de expressão marcante
é mais que feliz o sorriso feminino que se abre sem vazio
O olhar distante tornou-se então próximo e aconchegante.
As garras afiadas agora mãos delicadas,
e ela que era arrepiante tornou-se assim frágil.
E como diria Shakespeare, Fragilidade o teu nome é Mulher.
Samara Lemos.
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