quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Nem me resta

Se de repente tudo se cala
e os olhos mortos se arregalam
quando falta fôlego e o coração dispara
tudo que se foi, veio ou vai, tudo, tudo escala
E as montanhas se embriagam, com passos,
passos, passos, passos cansados
olhos, olhos, olhos arregalados
vejo tudo fosco, nem leio, nem escrevo
vejo tudo morto, nem cores nem preto
nem vazio, nem silencio nem cega nem visão
nem imagem, nem imaginação.
Só me resta o pouco que e muito,
o vazio que é cheio, "o mundo da alienação"!

Samara Lemos

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Excessoalização

Sem paz
meu mundo está imundo
e toda essa "excessoalização"
tento lutar, apesar, mas porém e contudo
mal consigo me expressar
chorar, ou falar algo sem alienação
mal consigo te amar
te beijar, sem pensar no que tenho em mãos
seria simples viver como um pássaro
um ser sem distinção
ver o azul infinito do céu
ver as nuvens, nuas, no papel
ser criança e desenhar
ter infância e cantar, "vem que eu te quero bem"
oh, vem meu bem, me entender
ler minha mente, me olhar e compreender
só quero sorrisos, sonhar com o paraíso
só quero beijos e abraços
piadas, sem laços
quero um abraço apertado
esquecer quem me esqueceu
ter em mente o que é meu
me livrar dos pensamentos
e tudo que é lamento
deixar pra lá
toda essa mundo sem razão
toda essa excessoalização!

Samara Lemos