terça-feira, 26 de julho de 2011

sábado, 23 de julho de 2011

Música?

Não há.

Escutem aqui: http://soundcloud.com/cicopoeta

Ja senti vontade de morrer
Sem saber porque
Ja senti Saudade de você
Sem ninguém saber

E o que dói mais é vontade de ir embora
Sem coragem pra levantar
E dizer que o amor está lá fora
E aqui dentro não há
Não há vontade de ficar
Não há prazer em te beijar
Não a verdade no olhar
E o que me falta falar é

Do guria Ciço .Poeta

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A carta da saudade, verdade e saudade.



Como podes tu, depois de tanto tempo dizer que não me conhece...

E se conhecesse, estarias tu ainda aqui?

Poderias usar essa chave, que a tanto dei-te para que pudesse abrir essa minha caixinha, quase como a caixa de pandora... Só que com medos maiores.

oh.. Nós.. Amantes invejados e ambos disputados temos mesmo que sermos assim?

E se tu, que és tu, julga ainda não me conhecer, poderia eu dizer que te conheço?

Sei bem como és... E o medo de ter medo te aflige tanto quanto meu desejo de ser compreendida.

Nós somos tão diferentes que me caí lágrimas ao perceber seu coração de sentimentos tão simples e puros.

Já o meu... Nem mesmo meus demônios me toleram e meu anjos... Esses morreram de fome, acho que eu mesma, sem querer os matei.

Palavras nos falta entre beijos e tranquilidade.. A calma em mim é única coisa que te agrada, já eu gosto do seu gostar. De tantos cuidados me cerca que não saberia eu proteger-te de mim.

E a que ponto eu cheguei... A que ponto mais chegaríamos? De que modo continuaremos...

Se nem mesmo tu, a quem me entrego mais intimamente diz não saber quem sou. Diz não conhecer-me, como queres que eu me mostre, se eu mesma já cuidei para que visse todos meus ângulos... Talvez esse medo que tens.

Esse medo de ter medo é o que te cega... Por eu ser apenas uma alma incompreendida em um corpo previsível.

Talvez eu também não te conheça, talvez nós dois sejamos para sempre dois estranhos.

É mesmo uma forma bela de amor? Acho que as pessoas só se amam por não se conhecerem.. É assim, penso eu que deve ser.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Isso não é programa de tv.

Almeida Júnior
Estudo da Mendiga, 1899


Mãos gélidas, frias e roxas.
Seus olhos fundos, como quem não dorme a séculos
seus lábios ressecados tremem, é inverno.
Sentada no canto da parede,
Parece ter forme, ter sede
Sua calça rasgada já não lhe aquece,
casaco molhado, lhe despe mais do que veste.
Tanto silêncio ouço de sua mente
Como quem só observa, espera..
Ela esta uivando para a lua
Abraçando seus joelhos magros
A face nas coxas ela seca.
Fecha os olhos forte e deseja ir para longe..
- Acordar em um castelo, não precisa ser tão grande
Abre os olhos castanhos e ver,
nada mudou, isso não é programa de tv.
Os carros na pista passam
Os ônibus lotados se vão
As ruas imundas esgotadas
e ela continua lá, no chão.