terça-feira, 9 de março de 2010

Tanto tempo já faz. Um sorriso me deixou.

Te rabisco paradoxos, em tarde enoitecida
te lembro tristemente, velhas lembranças, quem diria?
Sinto tantas saudades, meu deus, tão feliz ele sorria
e tudo se acaba, se acabando o tempo
e tudo desmaia, vagarosamente morrendo.

E quem desafia assim a morte?
Ela se esconde? Se exibe? - Cuidado não se corte!
E quem cria assim a saudade?
Ela nasce? Ela surge? - Será que ela morde?

Meus Deus, tudo está tão vazio
Será que outra vez vou ter que nascer?
Será que um dia vou poder também morrer?
Oh, quão bem ele me fazia,
com rimas e poesias
com historias e cantigas,
brincadeiras e bobas mentiras.
Oh deus, quem cria assim a saudade?
Só o que me resta, são minhas simples cantorias,
os sons frios da gaita que ele tinha
resta também, minhas humildes poesias.

Meu Avô, quem diria.
indago eu, oh deus, - quem cria assim a saudade?

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