sexta-feira, 12 de março de 2010

Sincronia.

Sincronia de sorrisos
um beijo, uma paixão
sincronia de sentidos
um abraço uma sensação
Sinceridade no que digo:
Mais vale um amigo à uma curta paixão.

terça-feira, 9 de março de 2010

Os seu ouvidos, por favor!

Talvez fôssemos todos olhos e ouvidos
disseram que se ver o que se quer,
mas como ver o desconhecido?
e se estas a cantar, pare agora, me de seus ouvidos!

vou cantar-te meus poemas
posso gritar? o que achas? tem problema?
Meu deus, e lá vou eu cantar amor
deixe-me só, pelo menos só agora, mas deixe os seu ouvidos, por favor!
quero cochichar-lhe tudo que tenho visto.
as imensas canduras do desconhecido!
- Ora essa, quem falou? Se conheces o desconhecido, então conhecido ele se tornou!

Veja só, logo agora, então vou cantar-lhe algo sem glória
uma pequena historia, que um viajante me contou.
antes disso, meu querido, - Os seus ouvidos, por favor!

Era uma vez uma menina, que sorria, chorava, sorria
e por fim, se matou!

- Faça agora desavença, com uma historia sem crença,
pense seu próprio roteiro, e imagine o que ela tem feito
pra morrer sem amor, se matar com dor,
- Mas ora, essa parte ele não contou!
- Aí é que está, o que não se escuta se imagina de algo que já tenha visto, ou que você já tinha.

E por fim, por suas desavenças, não lhe dou mais minha presença
e escute bem agora, não lhe conto mais historia,
e seus ouvidos, aqui lhe dou!

Um abraço a quem me leu, e esse reles plebeu, que se faz de falador, nada sabe, é só uma comadre de pensamentos que minha mente mal criou.

Tanto tempo já faz. Um sorriso me deixou.

Te rabisco paradoxos, em tarde enoitecida
te lembro tristemente, velhas lembranças, quem diria?
Sinto tantas saudades, meu deus, tão feliz ele sorria
e tudo se acaba, se acabando o tempo
e tudo desmaia, vagarosamente morrendo.

E quem desafia assim a morte?
Ela se esconde? Se exibe? - Cuidado não se corte!
E quem cria assim a saudade?
Ela nasce? Ela surge? - Será que ela morde?

Meus Deus, tudo está tão vazio
Será que outra vez vou ter que nascer?
Será que um dia vou poder também morrer?
Oh, quão bem ele me fazia,
com rimas e poesias
com historias e cantigas,
brincadeiras e bobas mentiras.
Oh deus, quem cria assim a saudade?
Só o que me resta, são minhas simples cantorias,
os sons frios da gaita que ele tinha
resta também, minhas humildes poesias.

Meu Avô, quem diria.
indago eu, oh deus, - quem cria assim a saudade?

segunda-feira, 8 de março de 2010

Cada Um.

É cada coisa,
coisada sempre
que cada dia, a gente sente
a coisa, coisada de sempre.

Os loucos lunáticos
que pensam ser salvos,
por livros de próprio remetente.

Ora deus, dei-me saco
pra ler Dom Quixote novamente!

O falador!

- Não quero pensar!
Muito menos escrever!
E sobre o que eu escreveria?
Amor, política, morte ou vida?

Ora, isso é poesia?
O fardo de ser poeta lhe é suficiente?
- Façam mil favores!
Poeta não pensa nem escreve!
Poeta não é critico nem escritor!
Poeta é só luz d'um pensamento que ele nem ao menos plantou!

- Nem se sabe como reproduz!

Poeta é só um portador
dos pensamentos sem sintonia
que brotam noite e dia
como vida, na mente de um simples falador.
Poema em parceria com um tão nobre poeta. Edson Kazuto!

Edson:
muito muito eu já perdi
já me sofri
já me tolhi
e agora é pessoal
o meu ódio é mortal

Samara:
Maldita morte que mal mata
se eis de levar todos os meus amigos
porque não levas também, um só, um só inimigo?
Eis eu tua filha, eis eu minha inimiga.

Edson:
pois sabemos muito bem
que da morte não se é refém
muito muito pelo contrário
pois a morte não é relicário

Samara:
E se ela ta tão perto,
o quão longe eu posso ficar?
o que me resta, vida ou morte?
Quem devo abraçar?

Edson:
Não mais sei pra onde vou
A minha alma eu lhe dou
se é pra viver só do passado, eu prefiro ficar calado
pois a vida é muito mais que isto!

Samara:
: É amor.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Apenas leia.

Não preciso de cantores para ouvir musicas
não preciso do sol pra sentir o calor
não preciso do vento pra sentir a brisa
não preciso de sentimento para sentir amor

Preciso do que recito, do que sinto e o que pressinto
preciso do poema, de um momento e um sustento
Preciso das palavras, que em mim entrelaçadas,
se unem em um belo, um simples e esbelto: Poema.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Versos escassos.

Versos escassos.

Veja só, minhas doces letras
tão cintilantes ao sol
tão brilhantes refletem minha imagem
veja só, que horas são agora?

E se eu escrevo sem preceitos
não à malícia nas palavras
a apenas um inútil desejo
o de esquecer-me do mundo vulnerável que a lá fora
veja só, que horas são agora?

Meus tão humildes versos
não fazem sentido se lidos ao dia
talvez cada letra aqui dita de cada palavra
eu siga uma ridícula prisão poética patética de versos silábicos
usualmente usados para gerar renda.
Veja só, que horas são agora?

Que sejam simples meus versos escassos
que sejam ridicularizados meus filhos rapidamente paridos
em papeis já rabiscados
minha liberdade se faz agora
é tão aconchegante essa palavra.
Veja só, que horas são agora?

Respostas de um porque.

Porque?

Se poemas me levam aos céus
porque ventos me negam pensamentos?
se vertentes me rasgam o véu
porque me sinto só em certos momentos?

Se os porques houvessem respostas
porque perguntaria novamente?
se todos os dias o sol bate as portas
porque viveria eternamente?

Se meu tudo se faz de nada
porque lhe digo obrigado?
se um amor amado se despedaça
porque limparia minhas lágrimas?

Se os porques houvessem respostas
meus poemas não seriam nem propostas
de singulares pensamentos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Irei.

Irei.

Eu fui, voltei, voltei e fui
enfim, parti, quando cheguei, olhei
olhei pra trás e vi, chorei,
voltei.

Quis ir, quando parti
me perdi, quando voltei
chorei, olhei, voltei.

Não fui, fiquei
fiquei, cantei, amei
tentei ir, andei
cheguei, me sentei
lembrei, chorei
voltei.

Mas eu quero ir,
não fui nem vim
eu desisti, voltei
chorei
morri aqui.

Pensei, criei. 27/02/2010 12:40