quinta-feira, 29 de abril de 2010

A ultima dança.

Quando o vento sopra uma cantiga
uma mentira, um verso escasso
quem primeiro salpica, esculta, grita!
é ela, tão purpura, do vento, à namorada

Quando em ladainha, o vento lhe sopra
uma musica desvairada, ela se ressalta
se contorce, dança com o vento entrelaçada
Seu longo pescoço, postura de cisne
seu corpo esbelto, não é mais
não é mais uma menina
Mulher, do vento, purpurina.

E o vento, sem ar, respira alfado
perde a força com a mulher em seus braços
E eles se perdem, em paços com descompasso

Pernas longas, mãos delicadas
rosto, retrato forte, olhar ensolarado
É com ela que o vento morre nos próprios
com os próprios versos escassos.

Samara Lemos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ah, obrigada!