Quando o vento sopra uma cantiga
uma mentira, um verso escasso
quem primeiro salpica, esculta, grita!
é ela, tão purpura, do vento, à namorada
Quando em ladainha, o vento lhe sopra
uma musica desvairada, ela se ressalta
se contorce, dança com o vento entrelaçada
Seu longo pescoço, postura de cisne
seu corpo esbelto, não é mais
não é mais uma menina
Mulher, do vento, purpurina.
E o vento, sem ar, respira alfado
perde a força com a mulher em seus braços
E eles se perdem, em paços com descompasso
Pernas longas, mãos delicadas
rosto, retrato forte, olhar ensolarado
É com ela que o vento morre nos próprios
com os próprios versos escassos.
Samara Lemos
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