segunda-feira, 6 de abril de 2009

Teu nome

Respirei teu nome
para dentro de mim
guardei com fome
esse amor sem fim.

O ar insaciável
seco e desesperado
a dor do abraço
com um beijo rasgado.

Levo-te para os pulmões
e mancho-me com teu desejo
te quero por inteiro.

Solto-te com medo
de não poder mais de respirar,
mas novamente eu sinto o teu nome no ar.

Samara Lemos

Fumaça Endoidecida

Aqui no meu quarto tragando meu cigarro

Refletindo meus problemas

E na fumaça embaraçada reflete a minha alma,

Cinza como a cinza do cigarro

Que suja o meu caderno

E cai na minha roupa

Sujando-me como a paixão

De um louco sem perdão.

Uma tragada forte

Que queima minha garganta,

Do meu lado ta meu copo que brilha como seus olhos,

Loucura das minhas mãos

Que escrevem antes de saber o que você quer me dizer.

Espere não diga nada,

É a ultima tragada,

O que devo penso?

Na minha vida,

Enroscada nos meus loucos desejos?

Ou em você?

Estou mais calma,

Mas não paro de ver minha alma na fumaça

Que grita louca: eu te amo, vem viver!

Meus lábios ressecados queimam com o cigarro já acabado,

Lembro do seu sorriso rasgado,

Calmo e desesperado, seus olhos apertados.

O meu cigarro acaba,

Meu copo seco,

E agora reflito endoidecida sem saber o que pensar

É muita coisa, a fumaça não que se apagar.

Ela me olha feliz,

E de fora da janela me diz,

Poetisa vem cá, vamos voar!

Veja como eu flutuo,

Venha comigo, vamos relaxar,

Esquecer os problemas,

Até que nisso, eu posso te ajudar....

Samara Lemos