segunda-feira, 28 de junho de 2010

Verde.

Eu que canto sempre muda
Mudo os olhos, por ventura
Vejo os cegos com candura
Mudarem as cores, que nunca mudam.

Escuto o som da liberdade
Som libido, agudo por maldade.
Beijo o sol esqueço a brandura
Me perco sem passos, paro tudo, tudo muda.

E quem por humildade
Planta no peito uma arvore
Sempre muda com a muda
Da bondade.

Mudar o mundo sem solidariedade
Muitos tentam a liberdade
Mas poucos conseguem plantar
A muda da mudança
A simples e grandiosa muda da igualdade.

Morte

Lágrimas de sangue
Sobre meu rosto morto
Cheiro de perfume
O cheiro de meu anjo cocho

Meu puro e limpo defunto
Meu pássaro escondido no escuro
Vem à mim, doce criança
Vem à mim querido defunto
Venha minha morte
Senhora boa, minha mortalhinha
Venha moça de sorte
Pegue minha vidinha

Trago o fogo no meu peito
Cuspo brasas sobre minhas cinzas
Vivo a vida sem muita alegria
Mas queimo o mundo com minha agonia

Morte, doce morte da saudade
Me leve embora esse sorriso
Tire de mim esse rosto
Não quero mais amar esse belo e vazio corpo.

- 2008
Coleção, primeiros poemas :)

Poesia.

Sou a poeta insana,
a criatura romântica,
a critica sem esperança,
uma boba criança.

Sou da vida,
pois gosto da alegria,
vivo a intensidade
de como levar meus dias.!

Meu corpo é feito de rimas
com literatura e poesias,
eu sou o que quero,
o sol do meio-dia,
a noite fria,
a fantasia da nossa alegria
o simples fato de escrever poesia...

- 2008
coleção, primeiros textos. ahaha

Quem és tu, homem amarelado?

Quem és tu, homem amarelado.
Porque nos tens como escravos
Das tuas crenças e dos teus pecados.

Tu não és nada, desconhecemos tuas riquezas,
Tu não podes mais devolver nossa pureza
Nos sujastes com tuas doenças imundas,
Quem és tu, homem amarelado.

Nos desses tuas crenças,
Cantamos tuas musicas em latim
Sem nem saber se aquilo era bom ou ruim
Quem és tu, homem amarelado.

O que pra tu era nobre,
Para nos eram maus costumes
O teu saber hipócrita
Que descarta nossas idéias
Nada de nobreza, não passava de pobreza,
Quem és tu, homem amarelado.

Fomos tão ingênuos
Recusando-te e depois te aceitando,
Nos desses as tuas roupas sujas,
Nos vestisse com guerra
Quem és tu, homem amarelado?

- 2008
ahahaha, primeiros textos. xD

terça-feira, 22 de junho de 2010

Discussão da saudade.

Edson kazuto:
Da solidão
restam cinzas do passado

Da vida
frutificam sementes
que jogadas em solo fértil
germinam e viram luz

Samara Lemos:
A luz de resto
à saudade
não gera filho
a má vontade
só resta dor
uma vulnerável
liberdade.

Sentimentos amargurados de lembranças felizes do passado.
Saudade, saudade, saudade
me deixe, não me case
me canse e seja afável, um estomago esgotado
me rasgo, mato o passado.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Preferi.

Não quis ir
muito menos ficar
quis sorrir
mas preferi chorar.

Não vou dormir
vou de novo, outra vez...
acordar!
vou ir, rir,
ser feliz...

Vou por ti
cantar, pra te amar
querer chorar
mas escolher sorrir.
Só pra ti
pensando em ser feliz
e escolher amar
e outra vez, novamente...
Acordar!

sábado, 19 de junho de 2010

Amiga e inimiga, vida!

Vida, viva, vida
quem sabes de ti falar?
Amores, ódios?
é o só o que sabem os poetas citar?

E quem ama e odeia a vida assim tão emotivamente?
Ah, e quando ela tímida,
de manhã me acorda novamente!
Viva, curta, fugas, cheia de candura.

Ô vida, ninguém te ama
ninguém te cuida
e quem cuida, faz assim por egoísmo
faz assim por pura loucura
de querer viver,
mesmo sem nenhum tipo de prazer.

E aqueles que te esquecem de viver?
Pensam logo em morrer...
Malditos poetas, declarações de suicídios
sem nenhum motivo
fazem a você.

Ah, vida, vida, vida
inimiga e amiga
me ame assim
por querer e não querer
está sempre junta
sempre abraçada a você.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O novo sol.. (Parte III)

Meu rosto sorrindo do lado de fora do meu rebento, paredes de flores, teto de nuvens, porta de algodão, o piso, acabei de terminar, pintado a giz colorido, é tão belo de se olhar, recortei as janelas em forma de sol, só pra lembrar de lá de casa, ops, da casa do sol... Ah o sol me faz até sentir que meu abrigo não é tão quente quanto o que cresci. Nostalgia, essa saudade me perfura o peito como se fosse agulhas pinicando meu coração, chega a forçar-me a uma lágrima que escorre tão gélida e lenta do meu olho que quase beija o chão ao cair... Oh! o chão, uma faísca. - céus, do meu olho caiu um grão? Posso ver o tenebroso piso devorar minha lágrima que tão rápido cresce em forma de calor. Vi então outra vez meu rosto, uma face tão espantada e uma taquicardia de amor, é então minha real casa? É aqui que já nasce meu calor? Tão cedo, tão rápido. Sorri tanto que quase sufoquei de felicidade! Era ali o meu primeiro calor, só meu, feito do meu amor...
Mais tarde, já em casa, uma nebrina escura entrou por a porta da frente e beijou meus pés como quem deseja boas vindas aos réis que passaram anos longe de seu palácio. Porta de algodão, feixe, feixe, quero sonhar com meu mundo, amanhã um novo futuro, vou vasculhar o paraíso portador de terra tão fértil. Vou em busca de novas descoberta, pois já tenho calor, e agora, estou tão forte como aquele que tão amorosamente me criou.

(Continua...)
Nada é melhor. A gente aprende. Tudo é pior quando a gente tem mais de oitenta anos. As músicas -- " Não me lembro de ti sem ter saudades" --, distantes, longínquas, só trazem solidão. Como se todas as formigas do mundo tivessem mordido a gente de uma vez só.
(Vivina de Assis Viana).


Trecho de um conto que me apaixonou.
A ciência não é a busca insensível de informações objetivas. É uma atividade humana criativa, e seus gênios agem mais como artistas que como processadores de informação. As mudanças teóricas não são simplesmente o resultado pouco original de novas descobertas; antes, são obra da imaginação criativa, sob a influência de forças sociais e políticas da mesma época.

Uma observação de Christopher Tyler.

Cai bem a nós, escritores. rsrs.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O novo sol.. (Parte II)

Voei tanto pra chegar até aqui... Quanto escuro, me falta luz, me falta o sol... Quanto calor exatamente eu perdi partindo tão egoistamente de braços tão aconchegantes? Minha nossa, minha (in)felicidade, como pude eu ser tão má a ponto de abandonar o seio que me alimentou? Onde estão meus degraus? Minha força? Minha ajuda... Ajuda. Nesse planeta tão frio e vago, não ah calor, não a o sol... O sol, a poera que me aflige me rasga a garganta petrificando meu corpo internamente. Onde está as enormes estrelas dos meu sonhos? Posso desistir? Voltar atrás? Posso chorar e lamentar-me por ser uma insana egocêntrica sonhadora medrosa? Não, tantas palavras não cabem assim em uma frase tão lamentável, eu sabia que não seria fácil, minhas esperanças abaladas temem sim o futuro solitário! Mas quem não temeria? Vindo de uma casa tão bela... Ora, oque eu aprendi? O que eu sonhei? Será que todos aqueles livros de aventura mentiram? Serei eu outrora Dom Quixote? Não, não! Lastimável, vou nesse reino me instalar, plantarei calor, vou fazer um sol, uma estrela um cantinho aquecido no meio do languido e terrível escuro.


(Continua...)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O novo sol.. (Parte I)

Imagino que o sol tenha surtado e derramou lágrimas demais quando me debrucei fixa, pronta para voar e partir para uma estrela maior. Apesar de minha insegurança, eu nunca tive medo e estrelas maiores sempre foram minhas metas, confesso que também chorei e derramei algumas lágrimas quando vi o sol em larvas me pedindo pra ficar, mas como eu poderia ficar? A imensidão dos meus sonhos já não cabiam em mim e queriam se libertar... Eu precisei partir, abandonei o sol que me criou tão calorosamente, vou agora em outra estrela "plantar" um enorme calor e me esticar cada vez mais e mais até encontrar a maior, maior que o sol, a maior estrela do mundo, do meu mundo.


(Continua...)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Defina-se!

Quem se auto-define com clareza? Quem pode então assim julgasse sem se flagelar ou mesmo errar, menosprezando-se erroneamente? desprezo alegorias de autoajuda, insuficiência metal retardatária... Quem não usa a burrice não sabe então qual o poder da inteligência, e quem se diz, assim inteligente, não pode se quer definir a diferença entre seu celebro e uma pedra a sua frente!
Os lúcidos são todos loucos perante a sociedade inteligente que se auto-define!