sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pequena.

Sou eu, pequenina.


E minha infância..
Lembrando rápido, são poucas lembranças
poucas delas, muitas chamas
lembro, lembrando. Lembranças.

Sorriso sapeca com olhar confuso
eu era tímida, crescida, não parava
e parava todo minuto.

Lembro de calores, de sonhos e temores.
Lembro de prazeres, comidas, sovertes.
Lembro de brincadeira, sorriso, macetes.

E eu ainda sou doce e áspera
sou mais magra, menos pálida
continuo confusa, menos calada
imensidão de sorrisos, um labirinto
é a minha casa, dentro de mim, o fim.
Por fora, aqui, começo. Com tido.

Barquinho de papel.




Viver é um inconstante
não sabe se ta vivo,
não sei se Samara é o meu nome.

Me encontro as vezes perdida
e me perco as vezes me encontrando
só não me perco quando me guias
As vezes, eu sinto, quando estou contigo
eu vejo, tenho certeza da vida.

E sei o que eu quero, mas nem sempre é o mesmo
e a vida vai vivendo
na velhice, aos poucos, vamos morrendo
e vai passando, passando..
A vida é um barco e o vento..
Vai levando.. Levando.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Zabumba e flauta.

O trovador.


Dentro do meu peito palpita um pequeno barulho
não é rouco nem é agudo
só pequeno.. Zabumba e flauta
Violinos e guitarras
É um copo com água e um com café
são meus extremos, meus barulhos, meus lamentos
é um peito tão pequeno que carrega tanta coisa
e essas cores.. E esse esforço..
Meu coração já canta rouco.. Nem é coração
Nem é paz, nem é perdão
É saudade, escamas, liberdade..
Cresce, cresce, cresce, já quer sair?
Porque, não pode me ouvir?
Bate, bate, zabumba bate
bate que meu coração quer vida
bate que a saudade quer liberdade
de ser saudade sem desgaste..
De ser eu, ele e eu, meu coração
meu pequeno algodão, doce, calmo
aqui dentro sempre grita calado.

Meu coração é zabumba em noite de São João.
São fogos em noite de festa que alumia o sertão.
É eu e ele, eu embriagada e ele sóbrio, eu torta e ele certo
Eu e ele.. Eu e meu querido... Sofrido coração. ♥