quarta-feira, 28 de abril de 2010

A menina encantada e o poeta ladrão.

Um beijo roubado não é definido como pecado
Mas, a doce menina que foi violentada
Oh, poeta, poeta, o que fizestes com teu pudor?
Logo tu, bravo trovador,
rasgas assim um par de lábios tão meigo..

Duas pétalas ressecadas
um beijo no canto roubado
um par de grandes olhos encharcados
e as bochechas avermelhadas
Tão aveludado são seus cachos cobrindo seus seios
e o poeta desbravo, cortou-se em pecado
quando dessa tão pura donzela roubo um beijo.

E quando ambos os peitos se abrem em paixão
o que resta é o desejo, à devação.
E quem impidirá tal amor? Eu, escritora de atos insanos?
Não, não insanos, doces, puros e românticos.

Quem retrata assim, em foto de poesia
um segundo beijo, esse não mais, esse não tem agonia
E como é nobre o poeta que segura suas mãos
lhe beija, lhe jura uma eterna paixão.

Que menina tão pura, que sorrir sem ventura
abraça tão suavemente tal rapaz, remetente
de um amor de ternura
a menina encantada com o poeta ladrão
um beijo, o beijo será o roubo que os levará
a uma eterna prisão.

Samara Lemos

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