terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vida, quem tem?


Os dias derretem e escorrem, por os cantos do bueiro..
A vida esvaísse, corre e passa em desespero.
Correndo... Ela sempre tem pressa, apressa
Quem da vida, de viver tem medo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sem ar, sem or.

Do filme, Dança no escuro.


Os dias passam tão diferentes..
Me vem antigas lembranças,
velhas vertentes.

Me pego pensando em nós dois,
em um dia, em um futuro,
um nós, hoje eu, hoje tu.
Sem mim, sem dor,
com falta.
Ainda existe amor?

As vezes me escorre água dos olhos,
tão quente que derrete minha pele,
tristeza essa, sua falta, me fere.

Quanto amor eu poderia te dar?
E meu erro talvez tenha sido esse,
lutar demais por quem não quer amar.


Não tenho tristeza nem incerteza, apenas me fluiu algo triste..

sábado, 19 de novembro de 2011

Quê.

Tão lindo e cheio de vida, diferente dos jovens de hoje em dia.


Quando a noite se vai e um novo dia surge..
Surge com ele a esperança, o dia cheio,
a vida que corre, corre, corre.

Surge com o novo dia a vontade de crescer,
tudo o que tenho pra fazer,
chego a pensar que o dia é curto,
e que essas 24 horas são pouco.
Me é pouco!

Mas para quê?
O que e onde, preciso ter pressa?
Quem apressa..
Ah.. Meus 18 anos, tão corridos,
faculdade, namorado, amigos..
Não é isso que tenho em mente..

A vida nem sempre é o que esta no presente.
As saudades de quem se foram sem cumprir suas metas
a tristeza de quem ama, de quem tem..
A vida não espera!

Surge a cada dia uma vontade de querer..
E eu sinceramente, gostaria de saber: O que eu quero?
Para o quê eu vivo?
Para quê estou sofrendo, chorando, sorrindo, esperando,
torcendo, lutando...

Jamais acreditaria no acaso,
a esperança sempre é falha,
o cansaço é o único sentido real,
sorrir? Como podes,
é uma desavença nesse mundo ser feliz.

É falta de respeito, é desespero,
sentir, sentidos, sentimentos.
A vida é um circo, e nós, eu lamento
somos a atração principal desse tormento.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sim e não.

Baco e Ariadne (1578), de Jacopo Tintoretto


Poderia escrever sobre qualquer coisa, mas hoje não.
Não quero conversar, não quero amores, nem dores.
Não quero o silêncio, não, o não também não há.

Poderia falar sobre mim, mas isso já me esgotou.
Já não me resta nada! Não há o que derramar,
não tenho medos, nem desejos...
Não tenho nem se quer, vontade de recitar!

Poderia ler um livro, cantar versículos,
imitar o nada, mas não quero encenar!
Não quero nada que tenha não, nem o sim,
perdão, mas sim já é um não, e não, eu não quero
poetizar.


Poderia poder voar, voando sobre a imensidão do mar,
podendo nadar nos zoinho do meu amor,
posso cantar, chorar e recitar, que foi de paixão, que meu coração,
tão brincalhão e dengoso quis se afogar,
e se é pra morre sem essa falta de ar, meu amor, venha cá,
que nos seus olhos, quero de amor, me afogar.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É assim que sou.




Solidão não é estar sozinho,
não é sentir saudade,
não é liberdade sem ter para onde ir.
Solidão não é maldade,
nem falta de vontade.

Solidão é mais profundo,
é algo, não é obscura
É só.. Ser solitário.
Um otário, ordinário.

É, sou eu.. Olhando para frente
rodeada de gente
um beijo do namorado,
da amiga, um abraço
dos pais um recado: eu estou contigo
e no coração a falta..
Nunca penso no que digo.

Solidão? É ter a opinião que nunca,
que nunca faz sentindo.
É pensar no que ninguém pensou
É estar em frente a um mar branco
e ver mil cores, mil atores
mil jornais, entretenimentos que não,
não servem para você.

Solidão é ser normal,
em um planeta de loucos.

É assim que sou.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Eu te.

De vocês sabem quem.


O céu não costuma rodar
Meus olhos não olham para trás
pois é a minha frente que você está.

O vento sopra seus cabelos
e meus dedos tetam te tocar
seus olhos tem a cor do sol
eu respiro, mas me falta ar.

Você me parece tão distante
Com seu sorriso cor de mar
brilhando fosco, torto
meu desejo é te abraçar.

E o som que sai de dentro de você
beija meus ouvidos e cada pulsar
é um carinho, é minha vontade de te chamar.



Nem me lembro o tempo que faz que escrevi algo assim, tão simples e igual.

terça-feira, 26 de julho de 2011

sábado, 23 de julho de 2011

Música?

Não há.

Escutem aqui: http://soundcloud.com/cicopoeta

Ja senti vontade de morrer
Sem saber porque
Ja senti Saudade de você
Sem ninguém saber

E o que dói mais é vontade de ir embora
Sem coragem pra levantar
E dizer que o amor está lá fora
E aqui dentro não há
Não há vontade de ficar
Não há prazer em te beijar
Não a verdade no olhar
E o que me falta falar é

Do guria Ciço .Poeta

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A carta da saudade, verdade e saudade.



Como podes tu, depois de tanto tempo dizer que não me conhece...

E se conhecesse, estarias tu ainda aqui?

Poderias usar essa chave, que a tanto dei-te para que pudesse abrir essa minha caixinha, quase como a caixa de pandora... Só que com medos maiores.

oh.. Nós.. Amantes invejados e ambos disputados temos mesmo que sermos assim?

E se tu, que és tu, julga ainda não me conhecer, poderia eu dizer que te conheço?

Sei bem como és... E o medo de ter medo te aflige tanto quanto meu desejo de ser compreendida.

Nós somos tão diferentes que me caí lágrimas ao perceber seu coração de sentimentos tão simples e puros.

Já o meu... Nem mesmo meus demônios me toleram e meu anjos... Esses morreram de fome, acho que eu mesma, sem querer os matei.

Palavras nos falta entre beijos e tranquilidade.. A calma em mim é única coisa que te agrada, já eu gosto do seu gostar. De tantos cuidados me cerca que não saberia eu proteger-te de mim.

E a que ponto eu cheguei... A que ponto mais chegaríamos? De que modo continuaremos...

Se nem mesmo tu, a quem me entrego mais intimamente diz não saber quem sou. Diz não conhecer-me, como queres que eu me mostre, se eu mesma já cuidei para que visse todos meus ângulos... Talvez esse medo que tens.

Esse medo de ter medo é o que te cega... Por eu ser apenas uma alma incompreendida em um corpo previsível.

Talvez eu também não te conheça, talvez nós dois sejamos para sempre dois estranhos.

É mesmo uma forma bela de amor? Acho que as pessoas só se amam por não se conhecerem.. É assim, penso eu que deve ser.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Isso não é programa de tv.

Almeida Júnior
Estudo da Mendiga, 1899


Mãos gélidas, frias e roxas.
Seus olhos fundos, como quem não dorme a séculos
seus lábios ressecados tremem, é inverno.
Sentada no canto da parede,
Parece ter forme, ter sede
Sua calça rasgada já não lhe aquece,
casaco molhado, lhe despe mais do que veste.
Tanto silêncio ouço de sua mente
Como quem só observa, espera..
Ela esta uivando para a lua
Abraçando seus joelhos magros
A face nas coxas ela seca.
Fecha os olhos forte e deseja ir para longe..
- Acordar em um castelo, não precisa ser tão grande
Abre os olhos castanhos e ver,
nada mudou, isso não é programa de tv.
Os carros na pista passam
Os ônibus lotados se vão
As ruas imundas esgotadas
e ela continua lá, no chão.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

É isso.




Eu já morri várias vezes.
E continuo morrendo.
E a cada texto que eu parir
vou morrer até o ultimo,
o texto do meu fim.

Eu já nasci muitas vezes
E continuarei nascendo
Sempre que você me ler
Sou eu, vivendo
em meu ócio, desculpe,
Mas eu amo o extremo
E se hoje eu ainda não nasci
é porque estou morrendo.

Quanto custaria a vida de um poeta?
Mil libras, um livro,
histórias são merrecas.
Quantos se preocupam com quem escreve
Já que só as palavras importam,
Distraem, confortam.

De que me vale escrever,
É divertido ser lido?
O divertido é ler!

E o poeta é só um mentiroso
Brincalhão, escandaloso,
engraçado, tenebroso,
Porque se importar?
Não ligo se o que estou lendo
É mais uma mentira ou uma realidade
se ele vai morrer a culpa não é minha
eu me distraio com essas barbaridades.

E o poeta ainda existe..
Existiu, aquela história,
lembra?
Quem foi mesmo que escreveu?
Ale ainda vive.. ?
Ah, é. Ele morreu.

sábado, 25 de junho de 2011

Cemitério Adalgisa

Adalgisa Nery

Cemitério Adalgisa

Moram em mim
Fundos de mares, estrelas-d'alva,
Ilhas, esqueletos de animais,
Nuvens que não couberam no céu,
Razões mortas, perdões, condenações,
Gestos de amparo incompleto,
O desejo do meu sexo
E a vontade de atingir a perfeição.
Adolescências cortadas, velhices demoradas,
Os braços de Abel e as pernas de Caim.
Sinto que não moro.
Sou morada pelas coisas como a terra das sepulturas
É habitada pelos corpos.
Moram em mim
Gerações, alegrias em embrião,
Vagos pensamentos de perdão.
Como na terra das sepulturas
Mora em mim o fruto podre,
Que a semente fecunda repetindo a vida
No sereno ritmo da Origem.
Vida e morte,
Terra e céu,
Podridão, germinação,
Destruição e criação.

Adalgisa Nery

- Entenda.



A paixão desvaneia-se na imensidão
Da loucura torta, da menina torta
Da dor que dilata nos olhos derretidos.

E se derrete, derretendo-se em fel.
E tudo se escorre deixando preto o olho pintado
Se foi.. Se foi.. Em medos, devaneios.

A - ca - bou.



leonora-carrington


A paixão é um mar

Parabólica
Dilatada
Estrada que dói
Encanto de flor
Labirinto
Espera de redes
Parece toda raiz
Só raiz
Quando não canta o trovão
Transfiguração
(Lirinha)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Só os poetas sabem.

Leonora Carrington, Auto-retrato (o albergue do cavalo da aurora), 1938. (Em homenagem a sua partida. Bela, bela. Ultima dama do Surrealismo)


Quando escuto magro
O vento sopra tremulo
E me sussurra poemas
como aqueles que choram calado
de amores não correspondidos
Acho que o vento..
O vento também é mal amado.

O vento que se cala
Não é o vento que eu conheço
O vento que vem..
Se perde.. Se mata..
Vive.. E grita
Me diz.. Com voz rouca:
- Moça.. Moça..
Tão lento ele fala, repete, ressalta
- Moça.. Moça.. Poeta.. escritora
Eu não sei como ele sabe..
Mas acho que ele acha que sou louca
E ele grita, chora
- Moça.. Ver.. Me vai..
E quando tento escutar..
Ele esvai-se e o silêncio vem..
Já não está mais frio..
Já não sei se ele se foi.. Se ele ainda vem.

Quem pode ouvir o vento
Só os poetas?
Só esses vãos loucos
Doidos esvaídos de pensamentos
E se tu sabe.. Que tu é poeta
Tu deixa de ser pouco
Passa a ser mais um..
Mais um grande mente roso.
osso.. osso. osso.

sábado, 4 de junho de 2011

E o Zélio como sempre me mal acostumando, rsrs. - Todos presentes do fofo Zélio Marulo do inoportuno - Que super indico.
Selo da Amizade

Selo da Amizade

Beautiful Blogger

Prêmio Dardos

Meme Literário


Respondendo ao Meme Literário:

1- Existe um Livro que você leria muitas e muitas vezes sem se cansar?
R: Não, pois costumo me cansar fácil e quando conheço uma história demoro muito para a reler, só quando é uma readaptação, ou coisa do tipo.

2-Se você pudesse escolher apenas um livro para ler o resto de sua vida, qual escolheria??
R: Sem nem pensar muito, de cara, assim, agora: Dom Quixote de La Mancha de Miguel de Cervantes.

3-Indique um livro para que os outros possam ler:
R: Cândido ou o otimista, de Voltaire.

4-Indique 10 Blogs para responder este meme:
Como o Zélio, vou indicar os Blogs que vou compartilhar os Selos, o prêmio e o Mene

5- Link o Blog que te indicou:
Inoportuno do fofo do Zélio Marulo.



E os bloggeres que vou compartilhar essa alegria são:

1 - Reticências... Etc e tal. Da sempre bela, Thamires Almeida.
2 - Ciço .Poeta - Do Cicero Chaves.
3 - Fernado Lago - Pro Feeer *--*
4- Nada com nada d+ - Do Renan Araújo.
5 - Simples Pensamentos... - Do Lucas Nicolas.
6 - CertamenTerrado - Do Felipe Correia.
7 - SpaçAberto - Da Thaísa e da Lorrane.
8 - Aline Tirza - Da Aline, falando de Dança e arte.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Lá vem, lá vem ela.


Minha menina leve..
Magra, baixinha, estreita,
do tamanho de uma beira é ela.

Ela passa como que calma
nas palavras é sabia, como quem confunde,
e no sorriso é linda, como quem ilumina..

Quando escuto os passos,
sei que é ela,

pisa firme, quase que tremula
e ela vem, de salto alto e beleza plena..

Tudo nela é ela, é dela seu jeito de ser bela.

Ah deus, quem me dera,
ser eu, a metade que é ela..
E eu me espelho em sua inteligência,
Irmã.. Irmã mais velha..
Ela é minha e eu sou a caçula, a mais nova,
Mais um, dos tantos cuidados dela.

[/Não existe poesia que justifique tanto amor e respeito, te amo chata ♥

sábado, 21 de maio de 2011

Ela.. Lá..




Eu já não vejo mais aquela menina tímida
que confusa, nas próprias palavras se perdia.

Seu cheiro já não é o mesmo,
mudou o corte e o jeito do cabelo.

Não usa mais as mesmas gírias
Já não anda..
Arrogante, desfila.

Não o vejo mais, nem no fundo
Onde foi parar?
Eu gostava, gostava de seu jeito confuso.

Seus olhos já não brilham foscos
O brilho é vivo, como que morno
e a voz é grave, como quem manda
seus dentes.. Eu ainda não os conheciam..
E no sorriso.. Se faz.. Nem sei..
Se pra tal mudança, dança..
Não sei como ela, agora, se chama.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Me chama.


Um solzinho no alvorecer
iluminando teu sorriso
tão leve e calmo, olhas o sol
e quem faz essa imagem..
Teus cabelos castanho claro brilhando
e seus olhos negros me chamando..

E quem sabe.. Ela vai, esvai-se.

sábado, 7 de maio de 2011

Ainda é noite.

Tio Adão.

Seus olhos magros, barba.
Cabelo grande, brancos.
Sorriso calvo, humilde.
Andar confuso, tombando.

.. Ele se foi,
E ainda o vejo sorrindo,
Eu séria,
Ele sorrindo.

Quem poderia decifrar o sofrimento do homem?
Os Deuses? Deus o levou..
E na terra ele se fazia fixo, voador.. Tímido.
Na verdade era pouco, pouco fixo.
Suas mãos tremiam, mas isso não era motivo.

.. O sol se faz fixo lá em cima,
Mas eu sei, ainda é noite.

Ele amava crianças..
E eu ria do seu jeito,
todo desengonçado.
E ele partiu assim..
Como quem sonha longe..
E eu fiquei aqui.. Assim..
Orando por deus.. Pra Deus.

Eu não pude ver seus olhos por uma ultima vez.
Eu não pude nem se quer, dizer adeus.

E eu me disperso assim..
Tão fria e sem cor..
Era o meu tio.. Ele se foi..
Mas eu sei.. Que muito dele aqui ficou.

E ele ainda está. Estará.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Para que vem, assim.

Para que para que para
parando de servi.
Para que servi, que servirá
servindo de sentir.
Para que sentir de sentindo
sentimento de sorrir.
Para sorrir, sorrindo de sorriso
sorridente de ti.
Para ti servi e te sentir sorrindo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sonho que se sonha só.




Sempre sonhei com o inconstante
acordar e de repente, todo o mundo
o mundo some.

Sempre quis ser bela,
mas a beleza nunca foi meu forte,
sonhar sempre foi o meu melhor
e minha calma se faz em sorrisos que vem assim..
De fome, com fome..
De repente, todo o mundo,
o mundo some.

Sonhar sempre me deixou confusa,
querendo, sorrindo, encenando uma outra vida
sendo uma outra menina, uma mulher,
sendo linda.. De repente, todo o mundo
o mundo some.

Sempre quis todo o mar,
quis ser pitara, quis saber dançar,
mas sou tão desengonçada,
mal sei andar..

Sonhar no meu sonho de felicidade
já é saber que sou real
e minha alegria é a minha realidade
quem sabe o futuro, nem sei, nem quero pensar
meus sonhos são absurdos,
Porque sei que sonho, não é pra chorar.
E todo dia eu sonho e de repente todo o mundo,
o mundo some.

sábado, 26 de março de 2011

Carinhoso

Pixinguinha

Meu coração, não sei por quê
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo,
Mas mesmo assim foges de mim.

Ah se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero.
E como é sincero o meu amor,
Eu sei que tu não fugirias mais de mim.

Vem, vem, vem, vem,
Vem sentir o calor dos lábios meus
À procura dos teus.
Vem matar essa paixão
Que me devora o coração
E só assim então serei feliz,
Bem feliz.

Ah se tu soubesses como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz

(Pixinguinha/ João de Barros)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Uma carta de amor, saudade e amor.

Achei aqui: http://poesiamsicagentedanossaterra.blogspot.com


Quando ninguém mais pode me ouvir,
apelo para os anjos..
Sei, sei que só eles querem e podem me ver, sentir.

Quando todos os sons se estinguem, somem..
E só o silêncio eu ouço, obedeço e ouço,
e ele meigo, rouco, já não suporta mais a sua voz
o silêncio é lento, mas é rápido, calmo e sábio
e os anjos comigo o contemplam,
a saudade comigo lamenta e tudo se faz de calma.

Quando ah leveza na alma.
Existe a paz brilhando, meu peito exala cheiro, desejo..
A espera inesperada do teu beijo da tua chegada.
Meu amor.

sexta-feira, 4 de março de 2011

A chuva.




A chuva sempre vem
calada ou barulhenta
não importa, ela vem
gigante, pequena,
quase nunca, mas vem
Sempre, sempre, sempre vem.

E a chuva vem chovendo
molhando, destruído, corrompendo,
vem calma, baixando a poeira
lavando calçadas, gripando, malvada
Ela vem.. Ela está, ela não tem porém..

A chuva passa, limpa, suja, rasga.
A chuva é amiga, mas você disfarça
Não quer se molhar, mas quer se refrescar.
A chuva não liga, ela é vazia e cheia
É um poço de coragem, bravura, capacidade.

Você querendo ou não, a chuva vem
E ela lava, estraga, derruba, arrebata,
Ela não liga, chuva não é lágima
é sorriso, gargalhada,
A chuva vem e limpa, lava, porque..
Porque a chuva, sempre, sempre vem. E virá!


A chuva, com o seu sonho de água, vem acesa pra levar o que passou ♪
(Cordel do Fogo encantado).

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pequena.

Sou eu, pequenina.


E minha infância..
Lembrando rápido, são poucas lembranças
poucas delas, muitas chamas
lembro, lembrando. Lembranças.

Sorriso sapeca com olhar confuso
eu era tímida, crescida, não parava
e parava todo minuto.

Lembro de calores, de sonhos e temores.
Lembro de prazeres, comidas, sovertes.
Lembro de brincadeira, sorriso, macetes.

E eu ainda sou doce e áspera
sou mais magra, menos pálida
continuo confusa, menos calada
imensidão de sorrisos, um labirinto
é a minha casa, dentro de mim, o fim.
Por fora, aqui, começo. Com tido.

Barquinho de papel.




Viver é um inconstante
não sabe se ta vivo,
não sei se Samara é o meu nome.

Me encontro as vezes perdida
e me perco as vezes me encontrando
só não me perco quando me guias
As vezes, eu sinto, quando estou contigo
eu vejo, tenho certeza da vida.

E sei o que eu quero, mas nem sempre é o mesmo
e a vida vai vivendo
na velhice, aos poucos, vamos morrendo
e vai passando, passando..
A vida é um barco e o vento..
Vai levando.. Levando.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Zabumba e flauta.

O trovador.


Dentro do meu peito palpita um pequeno barulho
não é rouco nem é agudo
só pequeno.. Zabumba e flauta
Violinos e guitarras
É um copo com água e um com café
são meus extremos, meus barulhos, meus lamentos
é um peito tão pequeno que carrega tanta coisa
e essas cores.. E esse esforço..
Meu coração já canta rouco.. Nem é coração
Nem é paz, nem é perdão
É saudade, escamas, liberdade..
Cresce, cresce, cresce, já quer sair?
Porque, não pode me ouvir?
Bate, bate, zabumba bate
bate que meu coração quer vida
bate que a saudade quer liberdade
de ser saudade sem desgaste..
De ser eu, ele e eu, meu coração
meu pequeno algodão, doce, calmo
aqui dentro sempre grita calado.

Meu coração é zabumba em noite de São João.
São fogos em noite de festa que alumia o sertão.
É eu e ele, eu embriagada e ele sóbrio, eu torta e ele certo
Eu e ele.. Eu e meu querido... Sofrido coração. ♥

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

L E T R A S




Letras, letras, letras
paralelas, versáteis,
letras, letras, nunca são as mesmas..
Sempre mudam imutáveis
sempre belas, letras
belos símbolos notáveis.

E em um rebento só
tantas delas jogadas
pra uns, só letras
pra outros uma estrada.
Um descanso, uma calçada
pra maioria é desprezo,
muito texto, tô sem calma.

Quem ama tanto como eu
Não ama nada
ama é muito, longas, longas,
tem respeito por as belas palavras.

Letras, letras, letras
belas, feias, agressivas
são letras, flores e borboletas
porque tudo que é falado é também escrito
tudo que é cantado
tudo que é vivido
é também, é registro
são letras, são palavras
são os rabiscos que tornam alguns respeitáveis
são os símbolos que fazem dessas estadias, agradáveis.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Sabe, eu amo flores.




Não vejo tamanha dimensão que seja capaz de me expor.
Não vejo sinfonias capazes de tocar as canções que tenho em mente.
Não vejo uma só pessoa que me conheça por completo.
Não vejo pássaros capazes de voar como eu.
Não vejo luzes que brilhem tanto quanto minha estrela.
Não vejo alimento capaz de saciar minha fome.
Não vejo ilusão capaz de me deixar feliz.
Não vejo sentimento vazio para me preencher.
Não vejo cama capaz de matar meu sono.
Não vejo eu sozinha.. Sem você.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Não sabia que gostava de flores.

Essa bela, tão bela imagem é arte do Ciço .Poeta, e ele nem sabe que estou a tomando emprestada, xD.



O céu azul incandescente
me lembrando aquela tarde..
tão linda, calma e quente..
E os pássaros em canto cantado
em suaves liras.. iras.. vias..

E meus olhos quando lembram dos teus
tão efusivos, malucos despercebidos
sou eu olhando os olhos seus.

Me lembro triste daquelas tardes
noites, noitinhas calmas
seu sorriso eufórico, mordida suave.

Me faço viva em espelho minha ira
sua vida, uma menina
uma criança, moleca..
Ainda sou eu, viva, sua pequena menina.

Morena, morena..
Calma, chata, grotesca
sorriso cômico, face larga
sou eu..
Ainda sonhando..
A pequena e tímida namorada.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ah, o céu *--*




Era uma vez um poeta
tão pequeno, romântico
fofo e pateta *--*

E ele cantava, pulava e recitava
olhava, girava e cantava..
Meu amor, meu sol minha paz
meu poema, leia ele
ta aqui nesse cartaz
dependurado em meu coração
Só quero que saibas..
O quanto es bela, como pétalas
e sua pele, tão bela, macia como algodão...

E esse poeta, tão pintado e pateta
tudo nele era poesia
seu cabelo uma rima
suas calças era lirica
e na beleza da face, tão clássica
era um olhar barroco
de pensamentos tortos
com o romantismo nos lábios
e um pouco mais, um pouco mais
era ele um locutor
Um herói, um deus
um escritor...
Bastava-lhe um papel
uma inspiração
Ou até mesmo o céu..

E pra ele tudo era belo,
quando estava em seu castelo
tão bucólico era ali
arcadismo não me deixe mentir..

Ah.. E nas praças..
Olhando as casas, o realismo ele plantava
com palavras nem sempre cantadas..
Ele jurava que era alegre e triste
achava que era humano
e ele cantava.. Recitava..
E todas as suas faces nos papeis
nas músicas, nos cordéis..

Ah o poeta.. Nem lembrou que era só mais um..
Só um escritor pateta..
Que um dia sonha em acordar alguém..
Alegrar alguém...
Mas não sabe ele.. Que ele é poeta..
E poeta só mente para si mesmo.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mult.

(Furtada do blog: http://pateticesdalma.blogspot.com/)


O novo é sempre velho
e o velho que não é mais novo
penso eu, quando é que eu morro?
Se eu morro no meu velho estado novo
já não fui eu que morri,
foi a nova, a velha e sempre inova
Bipolaridade.

Selo

Outros dois selos que o Zélio do Inoportuno também me deu, os que me deixaram mais surpresa, pois nunca pensei que meus textos trouxessem reflexão, UHAUAH.
Enfim... É sempre um tremenda honra receber elogios dele.






Esses dois quero oferecer também para o Zélio, até porque, ninguém me faz refletir mais que ele, Inoportuno
Para Renan, do Nada com nada d+, Com suas palavras confusas e carregadas de sentimentos.

Selo

O Zélio, do Inoportuno sempre, sempre me surpreendendo, me deixando sem graça e feliz!
Ele me presenteou com quatro selos de uma vez só, já pensou se tenho problema de coração? :O. xD
Fiquei muito, muito feliz e quero compartilhar minha felicidade.







Esses dois, que ele me deu de uma tacada só *--*, quero compartilhar com a linda da Thamires Almeida, do Blog Reticências... etc e tal.