quarta-feira, 29 de junho de 2011

É isso.




Eu já morri várias vezes.
E continuo morrendo.
E a cada texto que eu parir
vou morrer até o ultimo,
o texto do meu fim.

Eu já nasci muitas vezes
E continuarei nascendo
Sempre que você me ler
Sou eu, vivendo
em meu ócio, desculpe,
Mas eu amo o extremo
E se hoje eu ainda não nasci
é porque estou morrendo.

Quanto custaria a vida de um poeta?
Mil libras, um livro,
histórias são merrecas.
Quantos se preocupam com quem escreve
Já que só as palavras importam,
Distraem, confortam.

De que me vale escrever,
É divertido ser lido?
O divertido é ler!

E o poeta é só um mentiroso
Brincalhão, escandaloso,
engraçado, tenebroso,
Porque se importar?
Não ligo se o que estou lendo
É mais uma mentira ou uma realidade
se ele vai morrer a culpa não é minha
eu me distraio com essas barbaridades.

E o poeta ainda existe..
Existiu, aquela história,
lembra?
Quem foi mesmo que escreveu?
Ale ainda vive.. ?
Ah, é. Ele morreu.

Um comentário:

  1. "e se hoje não nasci, é porque estou morrendo"

    os poetas contando seus ciclos, se revivendo ao serem lidos. nada é mais importante que isto mesmo. mas quando morre é uma pena, para quem acompanha as obras, fica a sensação de conhecer só pedaço dele, parte pequena.

    escreve muito bem =)

    beeijos
    taaci

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Ah, obrigada!