terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Depois de amanhã.




O futuro é frio, frio
tem pele aveludada
raios finos, fininhos de sol

Olhando daqui, ele é tremulo
parece uma BR longa em dias quentes
e ele vem lento, tão devagar
as vezes fecho os olhos fortes
só pra ver se ele ainda está lá.

Ah, o futuro,
tão promisso, obscuro...
Me cerca, me mata
as vezes ele me olha nos olhos
mas na maior parte, é tímido coitado

Bom futuro, velhinho, moribundo
sempre olhando o horizonte
no fim... Ele acaba me deixando escolher a melhor poltrona.

3 comentários:

  1. Meu futuro nem me olha nos olhos, nem eu ouso olhar nos olhos dele. Tímidos. Olhamos ambos pra si, pro nada que somos. E tragicamente nos conformamos com isso.

    Bela poesia!
    Beijo, Sam!

    ResponderExcluir
  2. Obrigado pela visita e comentário. Também estou apreciando seu blog. Essa poesia me chamou muita atenção os primeiros versos fazem um jogo bacana entre a palavra e a sensação do objeto em si gosto muito disso. Estou apreciando aos poucos as postagens. Já estou seguindo tbm pra acompanhar as novidades. até mais
    http://inquietacoespoeticas.blogspot.com/

    ResponderExcluir

Ah, obrigada!