quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Nem me resta

Se de repente tudo se cala
e os olhos mortos se arregalam
quando falta fôlego e o coração dispara
tudo que se foi, veio ou vai, tudo, tudo escala
E as montanhas se embriagam, com passos,
passos, passos, passos cansados
olhos, olhos, olhos arregalados
vejo tudo fosco, nem leio, nem escrevo
vejo tudo morto, nem cores nem preto
nem vazio, nem silencio nem cega nem visão
nem imagem, nem imaginação.
Só me resta o pouco que e muito,
o vazio que é cheio, "o mundo da alienação"!

Samara Lemos

Um comentário:

  1. O mundo da alienação, mesmo nem sabendo o que é, você ja nasce dentro da alienação, tento me distanciar ao máximo, mas sempre volto mais alienado ainda! abraços!

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Ah, obrigada!