segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Porque beber?

Edward Hopper 


Eu não queria escrever hoje,
talvez eu pudesse deixar de ser eu mesma por uma noite.

E me perguntam: moça, porque beber?
E me perguntam: moça, não tem mais nada pra fazer?

E quem sabe eu não fique rica sendo eu mesma,
quem sabe.. Quem sabe quantas estrelas tem no céu?

Talvez eu pudesse mesmo deixar de beber,
e quem me tiraria do sério? Se sorrir é o meu maior prazer.

Ah menino, quem sabe... Quem sabe sobre eu,
o que eu sei sobre você?

Não era pra ser um romance...
Eu ou você, eu e você,
nós dois e nós... Um nós.
Dois eus, você e eu.

É menino, eu não sei mais o que beber,
talvez eu possa esquecer por uma noite como é ser eu.

Lágrimas secas em meu rosto me lembram...
Me lembram, tantas lembranças, não vou descrever.

Não menino, não vem ser meu menino...
Não vem que eu te machuco, não posso te ver sofrer.

Ah... Menino, quantos sorrisos mais eu poderia te dar?
Em troca dos teus, meu bem, te daria o mar...

Mas eu não sei amar, eu não sei amar, não sei.
Suas camisetas, ah como seria bom te abraçar...

Álcool caneta e papel. Não sei o dia do fim
quem sabe? Talvez com álcool eu vá feliz.

Um comentário:

  1. Muito bom irmãzinha! Teus poemas são tão envolventes, adoro o dialogo deles. =)

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Ah, obrigada!